Incêndios estruturais quadruplicam em três anos
26/10/22 09h43
Desde 2018, o número de incidentes só cresce, batendo o recorde em 2021, de acordo com o acompanhamento feito pelo Instituto Sprinkler Brasil.
“A maioria [dos incêndios] acontece em casos de manutenção e inspeção, mas também por causa do uso de equipamentos inadequados em locais inadequados”, explica o especialista.
Os registros de incêndio estruturais ocorridos no Brasil subiram de 531, em 2018, para 2.301, no ano passado, segundo dados do Instituto Sprinkler Brasil (ISB), organização que acompanha os números de sinistros desses casos em organizações desde 2012.
Os incêndios tidos como estruturais são assim chamados porque poderiam ter sido evitados com investimentos em preparação de colaboradores, manutenções regulares e sistemas de contenção de fogo, que vai desde o plano contra incêndio até a instalação correta de sinalizações de segurança.
Segundo apuração do ISB, a indústria teve 1.600 ocorrências registradas em 2021, sendo um setor que contém diversos fatores perigosos para este tipo de ocorrência. Para ajudar na redução do sinistro de incêndio em indústrias, a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) promoveu, em abril deste ano, um webinar com o tema “Incêndios e explosões na indústria: lições aprendidas e medidas preventivas”.
Prevenção de incêndios estruturais na indústria
O ambiente industrial reúne múltiplos fatores que podem provocar ou alastrar o fogo. O mais importante para conter os riscos é conscientizar os profissionais do local, além de ter brigada de incêndio treinada, plano de emergência, equipamentos funcionando e com manutenção em dia, além das placas de sinalização corretas e certificadas. Para isso, Ricardo aponta que “deve haver manutenção e testes periódicos e dimensionados adequadamente”.
Fazer uso de equipamentos de contenção de fogo também é importante. Os sistemas mais comuns são os de hidrantes, mas também são utilizados sprinklers, bacias de contenção e controle de fumaça, extintores, e em alguns locais, combate por gás.
Para além dos materiais, contudo, é preciso implementar um bom sistema de combate ao fogo. Ricardo orienta observar alguns pontos, como “documentação legal em dia, ter a brigada de incêndio treinada, plano de emergência e o plano de manutenção muito bem feito e seguido à risca”.
E, em especial, ter o programa de manutenção para instalações comuns, do sistema elétrico e dos equipamentos mecânicos, para que possa haver a certeza de que, na hora de utilizar os equipamentos de combate e prevenção a incêndio, eles estejam funcionando adequadamente.
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