Estabelecimentos assistenciais de saúde ganham norma especÃfica da ABNT de proteção contra incêndios
13/06/19 08h44
No último mês de abril de 2019, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), por meio do Comitê Brasileiro (CB-24), sobre Segurança contra Incêndio, publicou a norma NBR 16651:2019, visando criar medidas protetivas para os EAS em virtude dos riscos de vida que um incêndio poderia ocasionar a todos os seus indivíduos, em especial dos pacientes que se encontram acamados, tendo em vista as possíveis dificuldades de locomoção.
Segundo Marcos Kahn, engenheiro eletricista com pós-graduação em Segurança do Trabalho e diretor da KB Engenharia “torna-se essencial enxergar o ambiente de saúde sob duas óticas: como ele opera rotineiramente e também como opera em situações de emergências, resguardando a continuidade de sua operação”.
A normativa situa as condições de proteção contra incêndios para projetos de construção e reforma, visando a segurança em edificações e áreas de risco destinadas a esses espaços em específico. Entre os temas considerados, estão o controle de materiais de acabamento e revestimento; sinalização, iluminação e alarme de emergências; rotas de fuga; além de equipamentos, como extintores, hidrantes e mangotinhos.
Entretanto, sob o ponto de vista do engenheiro, as medidas de segurança contra incêndio, estão além desses itens (que não deixam de ser imperativos). “É possível determinar que o gerador fique no canto do prédio, e não no meio; que uma cozinha seja instalada no alto do edifício, para dificultar a propagação do fogo, enquanto um auditório para 300 pessoas se localize no andar térreo, para facilitar uma eventual evacuação. As UTIs poderiam ficar em um só canto do hospital, com acesso a escadas mais largas do que as demais. Enfim, há uma série de soluções que podem ser colocadas em prática, permitindo que a edificação seja efetivamente mais segura”, pontua Marcos Kahn.
Para edificações hospitalares que já existem, a ideia é trabalhar a partir de reformas e ampliações; “pode-se mudar o tipo de extintor, apostar em um tipo de hidrante diferente, fazer uma parede resistente a fogo, colocar uma porta corta-fogo numa área de maior risco. São coisas simples, fáceis de serem postas em prática”, conclui o engenheiro.
Outra sugestão do especialista é fazer com os bombeiros estejam mais próximos da realidade dessas unidades, já que eles são os responsáveis pela liberação dos alvarás de funcionamento, mas, nem sempre conhecem a dinâmica do dia a dia de um hospital. A nova norma é considerada um marco importante na segurança do paciente, profissionais e pessoas que circulam nesses espaços.
Ver mais posts